Acho engraçado a facilidade que as pessoas têm de se envolver e amar umas às outras... não estou falando do amor em Cristo, que é um dever de todo cristão, mas aquele amor entre homem e mulher, namorados, por exemplo... Começam hoje, amam amanhã, e depois, esquecem que já amaram e partem para a próxima...
Quantos amores inesquecíveis você já teve e esqueceu? E quantos amores eternos que acabaram? Quantas juras, que hoje são pra sempre e amanhã perdem o sentido, você já fez?
Vinicius de Moraes, no Soneto da Fidelidade diz: "...que seja infinito enquanto dure". Sempre tive uma dificuldade enorme em entender como alguma coisa que vai acabar pode ser infinita. Hoje entendo como: aproveite ao máximo, como se fosse durar para sempre, mesmo que no fim não dure. Mas quanto sofrimento isso pode trazer a alguém? Mergulhar de cabeça numa piscina vazia... Enquanto estamos em queda livre a sensação é boa, parece que podemos voar, mas isso não diminui a dor de quando batemos no fundo, muito pelo contrário, quanto mais alto se sobe, pior a queda.
Qual seria a solução, então? Não amar?
Talvez, as cicatrizes que os amores findos nos deixam façam parte de uma bela colcha de patwork que repousará sobre nossa cama quando não tivermos mais forças para levantar.
Dizem que é melhor se arrepender dos amores vividos do que dos reprimidos...
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